Vera Fischer fala de sua personagem para o Vídeo Show, entrevista que está no Making Of da minissérie.
"A Eduarda é muito simpática, ela tem uma coisa muito especial porque, ela mostra a dualidade de uma pessoa, é uma pessoa muito sensível, muito frágil, fica até engraçado eu fazendo esse tipo de personagem, que eu sou toda fortona, mas eu gosto do lado que a Eduarda tem, do lado infantil, do lado sensível que é demonstrado em todas as horas que ela se sente encurralada, e eu acho que no caso dela como ela é uma pessoa que realmente já nasceu fora de uma vida que ela não queria, enfim, ela nasceu num lugar de frio e ela gosta de sol, nasceu num lugar de pessoas fechadas e ela gosta de luz, gosta de colorido, então eu acho que de repente é uma pessoa muito amargurada com todas as diferenças que aconteceu na vida dela desde que ela nasceu, e isso tudo de repente modifica-se quando ela chega num lugar chamado Riacho Doce."
Cissa Guimarães - Uma das mais importantes locações para essa série brasileira é o paradísiaco arquipélago de Fernando de Noronha, um lugar além da imaginação...
Vera Fischer - É, Fernando de Noronha é realmente os que as pessoas imaginam, é um sonho, aquele marzão, aquele céu, aquela areia e tudo isso é muito bonito!
Cissa Guimarães - Mas o que acontece quando as gravações passam para o estúdio? será que o astral continua o mesmo das gravações feitas em Fernando de Noronha?
Vera Fischer - Quando eu pisei no cenário, mesmo o cenário meio em branco, porque no início quando a Eduarda chega com a família dela a Riacho Doce, ela não tem uma identificação na casa, é uma casa que foi de outras pessoas, então ela chega e não tem verde, não tem a cara dela e tudo mais... mas mesmo quando eu pisei no cenário eu senti que dava pé de fazer uma coisa genial, porque você anda bastante e a Eduarda anda muito de pé no chão porque ela gosta, ela chega e se despoja das roupas, ela se modifica um pouco, então o cenário é lindo pra isso, tem uma escada, e ele é muito parecido mesmo com a casa local onde nós fizemos as externas, então isso ajuda muito, porque a casa é vazada, muitas janelas onde entra a luz do sol, que é uma coisa importantíssima pra Eduarda, o tempo todo ela fala, "porque o sol, o sol, o sol" insclusive ela desmaia por causa do sol um dia, isso é uma coisa, é hipersensibilidade, então o cenário ajuda nesse ponto porque a pessoa roda, gira, é bonito o público não está tão acostumado a ver esse tipo de movimento de camera. É rico pro ator, é rico pro público, pra todo mundo.
Herson Capri também falou de seu personagem:
"Ele tem essa coisa na alma, essa coisa européia de uma certa frieza, uma certa objetividade, uma coisa com excesso de profissionalismo, pensa muito forte no trabalho, é um contraponto aos brasileiros em Riacho Doce que tem uma coisa sensual, uma coisa muito emotiva."
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19 de fev. de 2010
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19 de fev. de 2010